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Por Elton Machado

Empregabilidade no mercado da construção civil está em alta

O mercado da construção civil está em alta, anualmente movimenta 9,2% do PIB e responde diretamente por 43% dos investimentos nacionais. É apontado por pesquisas do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA/SP), e outros órgãos oficiais, como um dos mais otimistas, tendo em vista os investimentos previstos para serem realizados no país em função das obras de infra-estrutura para abrigar a realização da Copa do Mundo FIFA, em 2014 e os Jogos Olímpicos, em 2016.

Segundo a edição eletrônica da Revista Veja em outubro de 2007, já naquele ano, estimava–se que o Brasil deve consumir cerca de 5 bilhões de dólares só com a realização do Mundial de Futebol, porém, as mesmas estimativas atontam que as cifras deverão ser maiores, a título do que já ocorreu nos Jogos Pan–Americanos do Rio de Janeiro, inicialmente orçados em 500 milhões de reais, acabou consumindo 4 bilhões de reais. Além disso, projetos criados pelo Governo Federal, como o Minha Casa Minha Vida e o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), também contribuem para o aumento da demanda na construção de novos empreendimentos e, conseqüentemente, por novos profissionais.

Ainda segundo a Revista Veja os levantamentos dão conta de que em 1994, logo após a realização da Copa do Mundo daquele ano, os EUA aumentaram em 1,4% o seu PIB, em 1998, na França, o PIB cresceu 1,3% a mais, em2002, aCoréia o elevou em 3,1% enquanto o Japão teve decréscimo de 0,3%, já a Alemanha teve 1,7% a mais no PIB em 2006.

A Copa do Mundo da África do Sul é tida como a mais bem–sucedida da história: de acordo com a Federação Internacional de Futebol (FIFA), foram arrecadados US$ 3,2 bilhões (R$ 5,6 bilhões) antes mesmo de o primeiro jogo ter começado. O valor recorde superou em 50% o montante arrecadado quatro anos antes, na Copa realizada na Alemanha em 2006.

”Todas as atividades básicas dos seres humanos estão ligadas com a área da Engenharia Civil”

Soma–se aos eventos esportivos o atual momento emergente da economia do país, o grande número de processos de privatização de estradas, portos, aeroportos, hidrelétricas. “Todas as atividades básicas dos seres humanos, como moradia, se locomoverem, se divertir e até se tratar de doenças estão ligadas com a área da Engenharia Civil, por que faz parte do escopo da Engenharia Civil projetar, construir recuperar ou reformar instalações próprias para essas finalidades”, aponta o professor Edson Elias Matar, coordenador do curso de Engenharia Civil das Faculdades Oswaldo Cruz (FOC).

Para o coordenador, “o Brasil entrará num momento de pleno crescimento econômico (com os eventos esportivos), além disso, estamos iniciando a exploração de petróleo no Pré–Sal, o mercado imobiliário já está bastante aquecido em várias partes do país. Tudo isso requere mais e mais engenheiros civis”, aponta o professor. A média salarial inicial para esses novos engenheiros, segundo estimativa do CREA/SP, é de R$ 3.060,00, por 6 (seis) horas de trabalho diário.

Segundo a coordenação do curso da FOC, o engenheiro civil formado pela Oswaldo Cruz está apto ao término do curso a projetar, gerenciar e executar obras como casas, edifícios, pontes, viadutos, estradas, barragens, canais, aeroportos, portos, obras de saneamento básico, instalações auxiliares, solução de falhas estruturais, entre outras ações pertinentes a essa área do conhecimento. Além disso, pode dedicar–se à administração de recursos prediais, no gerenciamento da infra-estrutura e ocupação das edificações. Sua atuação também inclui a análise das características do solo, o estudo da insolação e da ventilação do local e a definição dos tipos de fundação.

Segundo o Prof. Edson Matar, o novo curso apresenta um diferencial de mercado, pois fará uso do know how e da experiência que a Oswaldo Cruz tem no ensino da química. “Baseado na sua tradição na área química, as Faculdades Oswaldo Cruz farão a inclusão na matriz curricular do curso de Engenharia Civil um estudo de recuperação e reforço das estruturas de concreto por meio da utilização de materiais e produtos químicos, desta maneira é importante ter conhecimentos na área química para esse tipo de aplicação”.

Informações Gerais

Os estudantes do Curso deverão requerer registro no Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura – CREA/SP. Há aulas aos sábados, bem como obrigatoriedade de realizar estágio supervisionado, atividades complementares e elaboração de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

A matriz curricular é composta por disciplinas de matemática, física, desenho e lógica entre outras. Além disso, as atividades laboratoriais ensinam técnicas e métodos de gerenciamento de equipes, administração e economia. Os três últimos anos serão dedicados ao estudo de disciplinas das áreas de especialização, como por exemplo, estruturas, construção civil, hidráulica, saneamento, transportes e geotécnica (estudo de solos).

Para o estudante que preferir seguir sua carreira no setor da Construção Civil, suas principais atividades serão: Projetar, construir e reformar edifícios e grandes construções, como shopping centers, hidroelétricas, estádios e ginásios poliesportivos, portos, aeroportos e outros.

Áreas de Atuação

Alunos que preferem seguir no setor de Estruturas e Fundações desempenharam um papel fundamental nas construções de apoio de grandes obras, ou seja, serão especialistas em projetar e edificar fundações e estruturas em vários materiais, como madeira, aço, concreto e outros, que darão suporte as edificações.

Na Hidráulica e/ou Recursos Hídricos, o formando será encarregado de projetar e construir obras de drenagem, reservatórios, barragens, sistemas de irrigação, e obras costeiras em portos e docas.

No setor de Transportes, o engenheiro é incumbido da construção de obras de infra-estrutura, tais como rodovias, ferrovias, metrôs, pontes e viadutos. Já para quem quer se especializar em obras de Saneamento Básico, a proposta é construir galerias e redes de captação e distribuição de tratamento de água e esgoto.


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