Por Elton Machado
Cerca de 1.400 funcionários da empresa Odebrecht, que realizam parte da construção da Arena Pernambuco, em São Lourençoda Mata, Grande Recife, paralisaram suas atividades desde a manhã desta terça-feira (1°). Os protestos acontecem após a demissão de dois integrantes da Comissão Interna de Prevenção a Acidentes (Cipa) por parte do coronel da reserva do Exército Eduardo Fonseca, contratado pela Odebrecht para fazer a segurança patrimonial da Arena, na portaria da obra já ocorreu o espancamento de um estudante que distribuía boletins e que denunciou o fato ao MPT-PE e a Comissão de Direitos Humanos, esta Greve levanta novamente os fatos denunciados como atentados a tiros e ameaças contra membros da Comissão de Trabalhadores em Suape, e demissão de vários cipeiros e membros da CT em Pernambuco e que tiveram os casos abafados e não foram apurados nem pela Policia nem pelo MPT-PE.
“Nós não temos nenhuma data para voltar. Paramos após os abusos e maus-tratos realizados pelo coronel”.
As manifestações foram realizadas nas entradas das obras, às margens da BR-408, sendo a maioria dos trabalhadores pedreiros, carpinteiros, armadores e operadores de máquinas. Agentes da Polícia Militar estiveram no local para controlar a situação.
Segundo um trabalhador que não quis se identificar, o coronel Eduardo era conhecido como “kadafi”. Ainda de acordo com Aldo Amaral, a categoria está informando o Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre os abusos que ocorrem nas obras da Arena Pernambuco. Abaixo divulgo nota enviada pela Odebrecht:
Comentando o caso: A paralisação é totalmente descabida, uma vez que está em plena vigência o acordo coletivo de trabalho firmado com este mesmo sindicato no último mês de setembro. Acordo que vem sendo cumprido integralmente pela empresa.
A Odebrecht conta com os trabalhadores da Arena Pernambuco para que sejam reiniciados os trabalhos no próximo dia 3 e mantém a sua permanente disposição para o entendimento.